quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Destemida

Enquanto esperava por você em frente da minha casa, naquele banco de madeira molhado, eu dizia para mim, em minha mente: “eu penso que havia algo em seu jeito que não me fazia parar de pensar em você, tanto penso, que de vez em quando até sonho contigo.”
Tem uma luz suave nas poças de água formada pela chuva, porém, nada foi melhor do que ver todas elas sendo destruídas pela roda do seu carro, e ver que seu sorriso brilhava muito mais que as poças, que tanto eu observava atentamente.
 Você queria me levar para seu carro para dar uma volta, mas, assim mesmo – dava para ver na expressão de seu rosto – tinha uma intuição de que eu queria algo antes de entrar. “E tenho mesmo!” disse para você, que ficou com um ar surpreso pelo o quê eu falei. Olhei para o estacionamento de uma loja falida em frente da minha casa, e seu olhar só foi seguindo o meu, lhe falei depois de você voltar-se a mim: “E você sabe que eu quero pedir-lhe para dançar logo ali...”.  Sua cara foi “a melhor”, inconformado, você exclamou: “Hã?!”caí na risada, e segurei o riso para dentro do meu peito e respondi: “ No meio da área de estacionamento! Sim, ah sim”. 
Puxei-lhe pela minha mão e sem quer saber se estaria disposto fazer isso comigo, ou não. Tudo em minha visão parecia ter virado câmera lenta, carros que passavam rapidamente á buzinar, andavam devagar e o som das buzinas se prolongavam; os senhorezinhos sentados no banco da calçada, deixavam seus cigarros de lado para nos observar ao atravessar da rua; cachorros abanavam o rabo, tanto quanto vêem um osso próximo ao sentir o sabor adorável ao seu gosto.
E de repente estamos nós dançando e rindo ao mesmo tempo, ao som do carro de uma rádio desconhecida. E ainda por cima, o carro era de um “bebum”, que estava estacionado ali no estacionamento da loja falida. E no acontecimento disso tudo, você sussurrou no meu ouvido: “Destemida”.  Sentia-me mesmo uma destemida, perto de tudo isso.
~~
Estávamos agora em seu carro, outro momento que ficou marcado em minhas lembranças.
Eu não tinha idéia do que iria acontecer.  Dirigindo seu carro, íamos para a rua a baixo. “Estou tentando tanto não me ‘prender’ agora... Será que você sabe, disso?” Eu perguntava para mim mesma, pois sabia que não era legal ser tão tímida desse jeito. Você já estava me fazendo especial em sua vida, de alguma forma, nem se fosse mínima, mas estava. Consegui perceber na hora em que vi seu olhar, meio sincero e meio ansioso ao mesmo tempo em que você dizia-me: “Quero te mostrar um lugar que não tenho o costume de ir acompanhado, muito menos o costume de mostrar para alguém... espero que goste!”. E você sorriu daquele jeito que qualquer um não negaria admirá-lo.
Demorou a chegarmos, e é claro que chegamos. A estrada era já de terra e pedregulhos, não havia nenhum sinal de vida humana, único sinal de vida era dos animais, dos insetos e do resto daquela natureza. Também não o sinal de luz, apesar de aquele local conter a luz das lindas estrelas brilhantes, gerava o grande contraste daquele céu, que levava a ser mais preto do que azul. A lua? Não sei onde ela se encontrava, talvez estivesse em outra direção ou atrás dos pinheiros que haviam por perto.  A única coisa que eu sei, foi que você pegou em minha mão e me levou para aquele grande campo, feito de uma grama “fofa”. 

Ele segurou em uma das minhas mãos e sua outra mão foi em minha cintura, e devagarzinho começamos a dançar. “Eu também queria dançar contigo, em um lugar diferente, só que em um lugar especial para mim”.  E no meu ouvido, você começou cantar para mim: “I remember what you wore in our first day, you came into my life. And I thought: ‘Hey, you know, this could be something …”. Confesso que ele não cantava bem, mas não cantava nada fora do comum, cantava exatamente normal. 
Mas, como eu sou desastrada, enquanto ele cantava para mim, tropecei em seu pé de tal modo que caímos literalmente naquela grama. Foi vergonhoso e engraçado, foi bom e foi ruim. Rimos tanto, porém, tudo foi se acalmando.  Aproximou-se e disse no meu ouvido novamente: “Destemida” e continuou: “ Sei que atrás desse seu lindo rosto meigo, ao lado do seu grande coração e sua timidez, há uma grande destemida. Tenho certeza disso tudo”.  Ele agia de uma forma tão incrível comigo, agia como ninguém já tivesse agido. Impulsionamente coloquei as mãos em seus cabelos; inconscientemente, isso me fazia querer você sempre ao meu lado.
~~
Quando tudo estava dando errado, você estava lá comigo. Na soleira da porta da minha casa, chorava sem quer segurar um sentimento, uma lágrima, um soluço. Você, prestes a ir embora, e eu, ficando.
Todos os planos agora eram inacabados; todos os desejos, indesejados; todos os sonhos, se tornando em pesadelos; e todas as promessas, jamais cumpridas. Entendo o porquê que você tem que ir, mas não consigo entender o porquê não possa voltar.
 Você diz que promete que vai voltar só que eu ouço entre as entrelinhas sua incerteza. Queria que tudo isso não passasse de invenções minhas, mas nada é invenção.
Chorando pior que uma menininha que acaba de perder seu bichinho de pelúcia, eu estava chorando, jogada em seus braços, lá estava você tentando me acalmar acariciando meus cachos molhados, dizendo que tudo ia ficar bem, que tudo que vai um dia, nem que for a maior das maiores demoras, voltava.
Eu negava sua ida, não queria deixar você ir de baixo daquela chuva, andando para partir e para minha tristeza, eu não puder fazer nada.
Tudo agora era tempo perdido, nada mais e nada menos podia mudar nosso caminho, a não ser o destino.
Um beijo você me deu de adeus e duas coisas você disse, que me fez prometer: “Destemida, não morra essa destemida que tem dentro de você... Se um dia eu encontrar você novamente, terei o meu ‘espaço’ que já tive antes?”. Sabia que o quê eu prometi, só me causaria, daqui um tempo, mais dor.
 Senti você soltando minha mão, enxugando pela última vez minhas lágrimas, olhando nos meus olhos profundamente. 
Então, você se foi, de baixo daquela chuva, que agora não era tão forte do que meus soluços. Eu berrava para você não ir, observei até o seu último passo que minha vista alcançava. Para minha tristeza, eu não pude fazer nada.
~~
Outra vida eu estava vivendo.  Era baseada de stress, correria, e outros problemas do dia-a-dia. Nem mesmo tempo tinha para me divertir, porém; com quem eu iria me divertir se não tinha você junto a mim? Tinha se passado muito tempo da época que convivi contigo, só que não sou pessoa de gostar de quebrar promessas.
Quando estava prestes a viver um novo amor, lembrava dessas suas palavras: “...Se um dia eu encontrar você novamente, terei o meu ‘espaço’ que já tive antes?”. Isso me gerava dor, me gerava uma das mais fortes dores que já pude viver. Ás vezes me lembrava de sua promessa, com raiva de ter acreditado, de ter sido tão tola em ouvi-la, dizendo que iria voltar. Com certeza, você nem mais se lembrava dela. Não tinha nenhuma notícia minha e nem queria ter.
Andava eu, apressadamente pela rua, um trombo levei com uma pessoa, que por meu stress; nem quis olhar em seu rosto e já fui logo pegando minhas coisa e falando nervosamente com ela: “Será que você  não vê por onde anda? Não tem mais nada para fazer, é? Então não fica no meio do caminho, porquê tem muita gente hoje em dia que tem o quê fazer. E você vai ficar aí? Parado?! Pode vir me ajudar!” Percebi que nada aquela pessoa fez, apenas estava me observando pegar tudo o que tinha caído dos meu braços.  Depois de pegar tudo, arrumei meu vestido, estava pronta para virar um tapa na cara daquele rapaz inútil; fui olhar bem no rosto para ver de quem se tratava e ... Era você. Você! Era você! Deixei derrubar todas minhas coisas novamente, uma das minhas mãos foi levada em minha boca boquiaberta. Neste momento você me puxou pela minha cintura para mais próximo e sussurrou em meu ouvido: “destemida”.



Texto inspirado pela música: Fearless, e Two is better than one.

domingo, 19 de dezembro de 2010

"Há algum tempo...

o 'te amo' não era banalizado; as crianças iam a parques de diversão e não tinham problemas de visão nem obesidade dados pelos videogames e computadores; Kinder Ovo custava 1 real; os casamentos duravam mais, ou pelo menos duravam alguma coisa; biscoitos Fofy e Mirabel existiam; meninas de 11 anos brincavam de boneca, e não saíam pra 'pegar geral'; Plutão era um planeta; a intenção num show era ver o show; tênis de luzinha era essencial; ICQ era o meio de comunicação; pessoas realmente se conheciam e não apenas pela internet; fotos eram tiradas para recordarem um momento, merthiolate ardia; bonde era meio de transporte e bala era Juquinha e não perdida!"


мodεяαdoяα ℓαℓyиhα





terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Garoto do Edifício em Frente


Ali estava Felipa, sentada ao lado daquela janela, lendo um livro como o de costume. Dali dava para ver o movimento da rua em frente de sua casa. Certa vez Felipa, parou de ler seu livro e avistou um lindo rapaz de olhos profundos e escuros, com uma pele branca, ao contraste de seus cabelos lisos e brilhantes.  Viu-o entrar no edifício em frente de onde morava. Nunca ficou tão encantada como antes, foi sua primeira paixão, paixão de primeira vista.
Dias e dias passavam e ao mesmo horário, Felipa parava de ler seu livro para olhar aquele garoto passar, mas não houve menor sinal dele depois do dia em que o viu; só que Felipa não perdia a esperança de vê-lo novamente.
Certo dia viu o garoto passar por ali, seus olhos brilharam de alegria, um sorriso estampou em seu rosto em uma fração de segundo. E por mais incrível que pareça, ele olhou para sua janela e sorriu. Ele entrou calmamente pela porta do edifício.
Minutos depois, viu a cortina de uma janela do edifício em frente se mover. Era ele puxando-a para uma conversa, com um caderno escrito um simples “oi”. 



~ ~
Felipa esfregou suas mãos em seus olhos, para ver se realmente estava vendo isso. E realmente estava.
Saiu depressa para pegar seu caderno para responder o que ele havia lhe falado. Cuidadosamente escreveu um “oi” na folha de seu caderno. Mostrou para ele, ele sorriu levemente e voltou a escrever na outra folha, estava escrito: “Como você chama?” E é claro que, Felipa escreveu seu nome.
Felipa tinha um tanto de medo de conhecê-lo, mas sua paixão platônica empurrava para continuar. Então escreveu: “E como você se chama?” E ele lhe respondeu: “Christopher”. Ela olhou ao nome do garoto e depois ao seu rosto, e pensou consigo mesma: “Até que tem cara de Christopher”. Enquanto pensava consigo mesma, Christopher escreveu para ela: “Tenho que ir... Tchau”. Quando viu o que ele tinha escrito, Felipa se desapontou; pelo jeito Christopher não queria saber de conversa, então ela respondeu rapidamente: “Tchau”, e foi fechando a cortina de sua janela.
Olhou pela última vez ele com seu sorriso torto, cabelo jogado ao lado e também com seu caderno. Para surpresa de Felipa estava escrito: “Até amanhã”. Percebeu que estava errada.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010




Não tenho nada a dizer sobre esta imagem (:
  

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

30 Dias

“Faltam apenas 30 dias para o Natal, e isso é tudo o quê eu sei. Não estou pronto para esquecer este ano, principalmente por passar as férias de Julho inteira que passei contigo e vou passar mais uma férias, mais uma vez, em Dezembro. Eu tenho tanto a mostrar a você! Mais um mês é tudo o quê preciso.
Isso com certeza é um sinal seu, que você anda pensando em mim. Se não pensar, por favor, é a única coisa que eu peço, apenas diga isso. Porque tudo que faço, é pensar em você.
Tudo isso esta me desgastando, me deixando cansado; esse feriado não passa de caras feias de seus pais quando me vêem junto contigo, sei muito bem que eles não gostam da minha companhia, mas eu gosto da sua.  Eu tenho um presente para você, como você pode ver. É, é um presente um tanto complicado de ser feito. Estou fazendo uma lista, olha vou até checar duas vezes! Uma lista de todas as coisas que você fez enquanto esteve na minha vida, e eu a mandarei para você, aí sim, então você saberá e verá o porquê eu amo você tanto assim.
Quem ia pensar que alguém como eu, considerado tão ‘frio’ e insensato, podia se apaixonar desse jeito, tão facilmente. Eu sei que você sabe o quê eu quero, não preciso nem ao menos demonstrar, pois infelizmente minha própria natureza faz isso. Eu sei muitíssimo bem não posso ter só que tente pensar e imaginar tudo o quê sonho. Ignore o resto, pense nisso... pode até parecer tudo tão louco, baby. Você precisa entender: tudo o quê só faço e ando fazendo nos últimos tempos é pensar em você!
Tudo que você deixou no meu pequeno caminho, andado juntos; é uma vergonha enorme tanto quanto gritante, comparado com as coisas que vim fazendo desde que te conheci, até hoje parado na frente da porta da casa em que mora sua família, tantas coisas para dizer, apenas surgiu um:‘Feliz Natal!’. Tudo o quê mais queria você me deu naquela feliz noite de Natal, uma boa comida caseira, um lugar para deitar minha cabeça. Só tenho 30 dias e vou contá-los, todos os dias, um por um. Porque não chamo de Natal, sem ter alguém por quem sorrir enquanto estiver amando”.
Era tudo o que ele sonha em dizer para ela, seu amor em uma noite de Natal.


Texto inspirado pela música: 30 Days
                                                                                                                                         

sábado, 13 de novembro de 2010

Coloque Seu Som Para Tocar

Abro meus olhos e vejo três pequenos pássaros pousando em minha janela, enquanto entrava aquele ventinho que balançava as cortinas brancas. É de manhã, me espreguiço e chego próxima a janela e os três pequenos pássaros saem voando para o distante, tão ariscos. Sei que não preciso me preocupar, antes de voarem os passarinhos sempre me falam isso.
Fecho os olhos para sentir mais uma vez aquela brisa quente, é verão, sinto o cheiro de canela vindo da árvore do meu quintal, ouço o barulho de garotinhas pulando corda no pouco pedaço de concreto que a rua é feita.
“Sei que não preciso me preocupar”, pensei comigo mesma enquanto saía correndo para pular em minha cama e afundar meu rosto no travesseiro velho. Tentava organizar meus pensamentos, tentava ser minha própria psicóloga: “Algumas vezes cometemos erros, e quanto mais você achar que as coisas estão mudando enquanto você não faz nada, mais vão continuar as mesmas. Só que, não hesite!” Do mesmo jeito parecia que não adiantava.
Fui até o espelho, e a garota do outro lado, idêntica a mim, de cabelo preso e bagunçado e pijama já pequeno para o seu tamanho parecia me falar: “Garota, coloque seu som pra tocar. Diga-me, qual é sua música favorita? Vá em frente, solte esses seus cabelos!” Repensei no que ela disse e interpretei. Peguei meu mp3 antigo que marcava nele: mp2-mp3.  Coloquei minha blusa cor safira e meu jeans surrado.
Agora estava pronta, fui novamente consultar a garota do outro lado, a garota do espelho. Para ela eu não estava pronta. Ela me olhava torto, analisava como se houvesse algum erro; depois de um tempo, ficou com cara de surpresa e me disse: “Olha, espero que alcance seus sonhos. Olhe! Seu cabelo! Tão lindo, solte seu cabelo, ele faz parte de você, ele não impedirá de que você se encontre em algum lugar. Isso eu sei, de alguma maneira”, então ela piscou para mim e sorriu. Meio hesitante soltei e fui.
Peguei minha bicicleta coloquei meu mp2-mp3 em meus ouvidos, coloquei minha música favorita, fui andando com a bicicleta tentando me encontrar por aí.
Azul, tão azul estava este céu do dia de hoje, queimada por andar de bicicleta me procurando de baixo do sol do meio dia. Lá, lá bem estava eu queimada, bebendo chá do bar da estrada. “Apenas relaxe, apenas relaxe” tentando não explodir comigo mesma por não me lembrar do protetor solar. Para me acalmar, me lembrava da minha antiga amiga, me falando enquanto eu chorava por ter sido traída por meu primeiro amor: “Não deixe aqueles outros garotos te enganarem”, falava no plural porque ela achava que além de garotos, eram cachorros, cavalos, ratos... E depois me disse: “Tem que amar aquele penteado afro!”, e apontou para o penteado black power de um garoto que passava pela nossa frente. Juarava ela, que se fosse garoto, teria um penteado daquele. Ela era estranha, mas tinha um grande e bom coração.
Estava com medo de não me encontrar, só que há um porém: Nós, seres vivos, sentimos medo. Só que parece que quanto mais você continua sendo você mesmo, acreditando em você, mais parece que ele muda. Acho isso estranho, você não acha?
Voltei para casa, pensando no que aquela garota do espelho tinha me dito: “Garota, coloque seu som pra tocar. Diga-me, qual é sua música favorita? Vá em frente, solte esses seus cabelos!”, “Olha, espero que alcance seus sonhos. Olhe! Seu cabelo! Tão lindo, solte seu cabelo, ele faz parte de você, ele não impedirá de que você se encontre em algum lugar. Isso eu sei, de alguma maneira”. Isso era demais para mim, era muito mais do que eu poderia aguentar, compaixão  pelo bem da compaixão eu estava tendo,  para me achar no meio de todo o resto.
Eu não conseguia aceitar que isso era muito, tive insônia, muitas noites sem dormir, estava achando que era muito mais forte do que sou. Em uma noite foi um basta! Agora percebi que só existe este meu eu, não tem mais o que encontrar. E só agora percebi que a garota do outro lado era falsa – falsa nos dois sentidos, foi falsa comigo e era literalmente falsa, ela não existe e nunca existiu.  Sorria comigo mesma, balançando a cabeça negativamente enquanto pensava que podia fazer o que quisesse, estava livre, não tinha mais problemas. O que a garota falsa tinha me dito não ia mais ecoar em minha mente. E o que agora queria fazer era dormir, não ter insônia. E então, dormi.
                                

 Texto inspirado pela música: Put Your Records On

terça-feira, 26 de outubro de 2010

"E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de"amigo".
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida".
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar... simplesmente durmo para sonhar."

Walt Disney
"Eu tenho cara de quê? Mágico de Oz? Você precisa de um cérebro? Precisa de um coração? Pode vir. Pgue o meu. Leve tudo o que tenho". Sthephnie Meyer.
 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Meu velho amigo vento.

Observo um gramado verde – um tanto torto ao meu gosto – diante de um por do sol que invadia o céu, levando-o ser mais alaranjado do que azul.
Respiro fundo e penso com olhos fechados: “Vento, pode me levar este recado a aquela tal pessoa?”.  Pergunto em minha mente com esperanças de que ele me respondesse.
Ainda de olhos fechados, levemente sinto meu cabelo levantando de meus ombros e percebo que ele está presente ao meu lado. E respondi: “É, eu sei que ela está um pouco distante, eu sei. Mas ainda você pode levar?”
Senti indo-se embora, indo fazer este favor para mim.
 “Espere! Espere um pouco”. Falei a ele tentando evitar que fosse tão cedo embora.
Consegui convencê-lo. Vento empurrou meu cabelo com força para traz de meus ombros.
Comecei a conta a ele: “Fazia um bom tempo que não falava com você. Fazia tempo que foi meu amigo”. Vi que estava quieto, parecendo interessado no que ia dizer Então continuei: “Lembro-me quando você vinha e batia-se no meu rosto eu dizia: ‘Olá, vento’. E começava a pensar como estivesse falando contigo, como se conseguisse ler o que eu pensava”. E eu boba, estava fazendo isto novamente, não acredito que estava flanado o vento. Putz! O que eu tenho na cabeça?
Ignorei estes meus pensamentos e voltei-me a ele: “Me sentia bem, me sentia tranqüila ao você tocar meus cabelos esvoaçados, formando nós que depois saberia que seriam complicados de tirar. No entanto, o tempo passa, a vida passa a vida muda. Você foi sumindo da minha vida”.  Senti ele me rodear, ele não queria admitir que o tempo e a vida realmente passou e mudou, e que também estivesse sumindo.
Não liguei e continuei pensando, sendo o meio de conversa: “De vez em quando, te encontro por aí zanzando. Tem dias que te encontro um pouco rude, dando uma aparência que está intrigado com alguma coisa, intrigado comigo. Este não é o vento que eu conheço”. Vento começou um movimento que aparentava negar tudo o que tinha dito sobre ele. “Dá para esperar e ver o que vou falar?!” Disse irritada, ele se inquietou. Respirei fundo e fui falando com calma: “Porém, em outras vezes, encontro brincando com tudo à sua volta. Este é o meu velho amigo vento, quem vinha ao meu encontro e ria dentro de meu ouvido”.
Ficamos ali, quietos por um tempo, o por do sol já estava em meio caminho andado. Fiz um pequeno comentário: ”Foi bom te ter por perto só por este tempo, matou um pouco do que me fazia falta.” Lembrei-me do recado que ainda tinha que levar a aquela tal pessoa e lembrei-o também: “Agora vá, sei que será raro ter este momento novamente. Por mais que pareça meio sem graça me deixar aqui, mas vá. Só que não se esqueça que posso estar distante como também estou daquela tal pessoa. Meu sentimento continua o mesmo, estou de braços abertos caso um dia queira voltar.”
Ele pareceu sobrevoar sobre os galhos com animação pelo o que eu lhe falei. Aprecei-o mais uma vez: “Diga a ela o que eu sinto, faça que com que ela me compreenda igual há um diaque você já me entendeu perfeitamente. Você conhece meus pensamentos, eu sei muito bem que você zanza em minha mente quando me vê. Bom. Agora chega! Agora vá. E... Adeus”.

E fui sentindo ele se afastar, meus cabelos voltando aos meus ombros, o seu som sumindo, a grama parando de balançar... Minhas lágrimas caindo. Foi-se mais rápido do que se imaginaria ir.


:D or D:



Quando pensamos em algo que nos trás felicidade, já vem aquele sorriso no resto do nada, e quem olha acha que a gente é um retardado rindo sozinho.


Quando você lembra de algo ruim, seus olhos se sentem como se estivessem pesados, aquele negócio ruim que parece apertar no peito, e seu sorriso se fecha.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Chega de problemas! Nem se só for por hoje.

Sabe, estava vendo como todo mundo tem um problema, nem se for um mísero problema, mas tem. Não há nada que nos salve de um problema, sempre na hora que tudo parece estar bem, tudo tranquilo e em paz...  Aparece um para não deixarmos sossegados, para ficar no nosso pé, é incrível como isso possa acontecer!
Parece que somos feitos de problemas e vivemos e aprendemos tudo por conta deles! Mas, como eles estão nos rodeando e temos que aturá-los, queria pelo menos um tempinho sem eles.  Ah! Só um tempinho pequeno, o que faz de mal?
Não somos feitos de chumbo, muitos menos de aço! Somos feitos de sentimentos, somos feitos de sentimentos bons, que com o tempo muitas vezes se eles se tornam um pouco frios; muitas vezes esses sentimentos se tornas frios por causa dos nossos problemas, que não nos deixam viver, que nos magoa e nos fazem sofrer à toa. E isso não lhe faz nem um pouco bem, né? Pois bem, nem pra mim.
Então ... Chega de problemas nem se for só por hoje! Faça o que quiser, desligue-se do que te arruína o dia inteiro. Quer uma dica se estiver assim? Ouça: Toca Um Samba Aí – Inimigo da HP, Do Lado de Cá – Chimarruts, Nem Aí – Luka, e também Happy – NeverShoutNever! – apesar de já ter falado dela – é, essas músicas me animam :D
PS:“Os seus problemas você deve esquecer, isso é viver, é aprender... Hakuna Matata!”

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

“A consciência que meu cérebro tem, se torna fraca diante da insistência do meu coração. E foi por isso que me apaixonei por você. Mila
“Durma com os anjos e sonhe comigo. Que eu também, sonharei contigo.” Mila

O “te amo” ainda tem o seu valor?


 Ultimamente tenho meio que medo de dizer “te amo”, pois tenho medo que eu ame alguém novamente e dizer à ela “te amo”, e daqui um tempo ele não ter mais sentido, não ter o valor que teve um dia. Mais o pior de tudo é que, a quem eu disse “te amo” não perceber que não a amo mais.
Hoje em dia ouço muitos “te amo” em minha volta, só que a maioria parecem ser apenas da boca pra fora, parece só ser dito para agradar. Se eu disse “te amo” a uma pessoa, quer dizer que eu a amo mesmo, ou amo o jeito dela; alguma coisa que se tem nela me faz amá-la.
Queria dizer a uma pessoa, que não a amo mais, mas ela ficaria perdida, sem saber o que fez para eu estar falando isso.
Acho que o “te amo” perdeu um pouco seu valor, não tem o mesmo calor e carinho que teve um dia. Sei que isso é um tanto ruim, mas é a realidade.
Confesso que já disse “te amo” assim mesmo não amava mais, fiz isso, pois ainda queria amá-la e tinha esperanças de meu sentimento voltar a ter o seu valor.
Hoje não falo mais “te amo” com tanta freqüência às pessoas, assim mesmo amando muito mais do que ela e eu mesma imagino.

domingo, 19 de setembro de 2010

"You make me happy whether you know it or not ..." Happy -NeverShoutNever!



Christofer Drew - NeverShoutNever!


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Por que as inspirações fogem de mim?

Quando as mais preciso ao meu lado, parecem que saem flutuando, saindo da minha mente.
É algo que me deixa encanada, irritada, pois nem sempre as tenho, e o quê eu mais quero, são elas. Outra coisa que quero muito, e que me ajudaria a escrever; era sonhar, mas eu praticamente não sonho a noite.  Apesar que, de vez em quando, as inspirações e sonhos aparecem como milagre.
Elas dificilmente aparecem, e se não procurar escrever logo, elas desaparecem como uma fala que iríamos falar, só que acabamos esquecendo.
Acho que tudo isso ocorre por ser uma pessoa muito avoada, distraída – coisa que não me agrada nem um pouco.
Desculpem-me se meu blog anda meio parado, não era essa minha intenção.
):

Texto antigo por aqui ...


Ao som da meia-noite, ouço os sinos do relógio dourado soarem, saio correndo à varanda para ver seu brilho na luz do luar. Vejo seu brilho, vejo você, mas... Por que não posso estar lá? Observando seus olhos, ouvindo você cantar... Acho que por um lado, o mundo da lua nunca será o meu devido lugar.

sábado, 11 de setembro de 2010

Uma nova jornada

Aqui começa mais uma nova jornada, não perca tempo, pegue sua mala e saía correndo, indo o mais longe possível de onde esteve.

Sei que sofreu muito lá, também sei que aquilo, você não quer mais. Para poder ser feliz novamente, terá de passar por essa floresta, que terá muitos perigos e obstáculos que farão você não querer seguir em frente, espinhos rasgarão sua roupa, animais irão assustar você, galhos dificultarão sua visão, e pedras farão você tropeçar e, às vezes, até cair. Só que você tem que ser forte, levante, enxugue suas lágrimas e esqueça sua dor, de cabeça erguida volte a andar.

Tenha paciência, uma hora chegará aonde quer, poderá realmente ser feliz lá. Sim, você verá aquela grande campina com algumas lavandas a brotar, um coelho correndo rapidamente, vendo o vento em seus pêlos ao pular. Ouvindo pássaros em seu cantar, sentir a luz do sol entre as nuvens. Ali você poderá deitar e levemente, você voltará a viver em paz.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mila no país da maravilhas

Estava ao lado de minha prima, lendo revistas já um pouco velhas, em meu quarto. E vi como é uma maravilha esse mundo das celebridades. Entediada de tanto ler revistas, deitei-me um pouco para mudar de posição, e continuei ali, lendo e lendo.

Percebi que da janela vinha um barulho muito estranho, mais parecido com gritos abafados. Correndo de curiosidade fui até a janela para ver do que se tratava aquele tal barulho. Imaginei como sempre, encontrar um muro com uma pintura velha, cheio de fungos; mas não. Encontrei uma rua badalada, e estava em um hotel altíssimo.

Fui olhando, olhando cada vez mais embaixo, com a intenção ver onde ele terminaria. De repente caí da janela e fui parar em uma montanha-russa de trincar os dentes. Quando eu olho ao meu lado para ver quem estava, tive uma incrível surpresa, ROBERT PATTINSON! Lá estava ele, ali, com aquele seu sorrisinho tão bonito. Então ele me disse: “hi”. E é claro respondi, e perguntei onde estava Kristen, esperando pela resposta que tinham terminado. Para minha decepção, disse-me que Kristen estava como convidada em um desfile importante. Então fomos conversando como se fôssemos amigos de velhos tempos. No meio do caminho, o carrinho em que eu e Robert estávamos, deu uma enorme freada, tropeçando e caindo cheguei a um palco com cortinas fechadas.
Levantei-me para limpar minha roupa, só que havia um pequeno probleminha... ESTAVA COM UM VESTIDO FEITO DE CABEÇAS DE SAPOS DE PELÚCIA! Assustadíssima, coloquei minhas mãos em minha cabeça, e levei mais um grande susto, MEU CABELO ESTAVA COM UM PENTEADO EM FORMA DE LAÇO! Não estava entendendo tudo aquilo e ouvi uma voz bem familiar ao meu ouvido dizendo: “last go, baby?” Um sorriso foi invadindo meu rosto, e percebi que estava em um show da diva LADY GAGA, não em frente ao palco, mas no palco. Lady me deu um microfone que havia em sua mão e puxou –me junto à ela em direção as cortinas. Lentamente elas foram se abrindo e ela começando a cantar: “Ôôôôô...” Estava ouvindo bad romance ao vivo. Ela parou e me disse: “Come on, sing!”. Comecei cantar junto a ela, e fiquei no show cantando como se nunca tivesse mais aquela voz de taquara rachada dentro de mim. Terminado o show, fomos ao seu avião para chegarmos ao país de seu próximo show. Acordamos já em um aeroporto particular da diva, já era de manhã. Falei a ela que estava na hora de ir, ela pediu que ficasse mais um pouco, mas insisti que tinha que ir. Lady Gaga me disse então: “ Nice to me too, mila”.

E lá fui eu andando por um lugar que mal conhecia. No meio de uma rua, do nada, vi um cachorro correndo. Ele passou ao meu lado e disse-me: “Vamos logo, pare de moleza! Venha atrás de mim!” Um cachorro falante? Isso era impossível, devia estar maluca por tanta coisa que já havia acontecido nesse tempo. Bom, mas fui o seguindo. Ele corria rapidamente, mal conseguia alcançá-lo. Em um momento percebi que estava no meio de uma produção de filmagem, cheio de pessoas envolta que estavam trabalhando nessa produção. Foram me empurrando para dentro de um set e me falavam: “Is time next scene...!”, me empurraram para a frente de uma câmera. Olhei para minha volta, estava vendo aquela escada redonda, um balcão nada  diferente do que já tinha visto, e aquela janela enorme. Reconheci onde estava e quem estava ali junto comigo. Estava no seriado dos OS FEITICEIROS DE WEVERLY PLACE, E O ELENCO! ESTAVA ALI COM SELENA GOMEZ, DEVID HENRIE, JAKE AUSTIN, JANNIFER STONE, MARYA CANALS BARRERA E DIVID DELUISE! Fiquei  boquiaberta. E ouço um “corta!” por trás das câmeras. Vieram e entregaram um texto em minha mão, vi minhas falas e voltamos para as filmagens. Fiz vários episódios do seriado, só que agora havia um problema, os fãs. Só foi eu sair de lá que começou um tumulto em minha volta, saí correndo. O único modo de esconder-me foi entrando em uma lixeira de um beco. Assumo que foi nojento, mas realmente era o único jeito de esconder-me.

Saí da lixeira nojenta e encontrei bem em minha frente um frasquinho escrito: “beba-me”. Peguei o frasco com a intenção de diminuir de tamanho, só que o que me aconteceu não foi o que esperava. Minha aparência mudou, estava irreconhecível, além disso, fui parar em uma praça em que nunca estive. Sentei-me em um banco e fiquei ali por um tempo, observando quem passava a minha volta. Vi uma pessoa que nem imaginaria estar passando por ali, UM ÍCONE DA MODA, VALENTINO GARAVANI! Saí gritando em direção: “Valentino, Valentino! Wait for me!”.

E sinto algo me balançando e ouço uma voz me dizendo: “O que foi? O que está acontecendo? Que Valentino é esse, Camila?!”. Aos poucos a imagem de minha prima vem fluindo em meus olhos. Droga! Era só um sonho. ¬¬’



Camila Fischer