quarta-feira, 27 de julho de 2011


Nosso amor não será como os de outros amores: Divulgados na internet, você pichando meu nome e um “eu te amo” na parede, nosso nome e um coração entorno deles em uma árvore, fotos e mais fotos por dia, talvez algumas de vez em quando. Não será feito de informações aos outros, para poderem criar boatos e fofocas que só fazem parte de uma farsa, tirando o nosso sossego e junto consigo a paz. Um anel? Sim teremos um anel na mão de cada um, mas isso não é o de tudo importante no nosso relacionamento. Não quero que seja apenas de presentes, beijos, carinhos e um ao lado do outro; quero que seja feito de compreensões, respeito, alegria e tudo que possa existir de bom. Quero guardar de lembranças algumas cartas ou senão uma se só for essa quantia que pode me dar.  Nem se for a mais simples carta, escrita em uma letra de garrancho e só tiver 6 a 10 palavras.


quinta-feira, 2 de junho de 2011


Até quando o amor é "para sempre"? O "The end" realmente pode bater na porta do amor? Acho que não, para mim o amor não tem um fim, e sim sofre uma transformação. São pequenas transformações, pouco notadas pelos que já passaram por ela.


Sabe quando você nota que você se sente estranho, quando comentam daquela tal pessoa perto de você, e você mal sabe o porquê se sente assim? Então, é quando você já se interessa pela pessoa de alguma forma.

Sabe quando você observa de longe aquela tal pessoa e fica imaginando se você existe no mundo dela? Então, é quando você acha que ela já existe em seu mundo.

Sabe quando você ri de tudo o quê aquela tal pessoa fala, mesmo se não tem graça nenhuma? Então, é quando você sente que algo por ela, que já começa a florir em seu coração.

Sabe quando você conversa com aquela tal pessoa algo que pareça valer à pena, e seu coração começa a explodir como fogos? Então, é quando você cria a expectativa que vale amá-lo(a).

Sabe quando você vê aquela tal pessoa com outro(a) garoto(a), e sente seus olhos fuzilarem? Sabe quando você acha que tem que fazer alguma coisa por aquela tal pessoa antes que ela faça uma enorme besteira? Então, é quando você sente o ciúme fluir pelo seu corpo, e queria estar por perto para poder cuidá-lo(a) daquilo que olhos não vêem. E amar é cuidar.

Sabe quando você e aquela tal pessoa se beijam pela primeira vez? Então, é quando você descobre que faz parte do mundo dela.

Sabe quando está tudo a mil maravilhas com você e aquela tal pessoa, e do nada tudo parece dar errado, e você não entende o por quê? Então, é quando você cria dúvida de que fez a coisa certa.

Sabe quando você anda tendo brigas com aquela tal pessoa, coisa que você não aceitaria se fosse um tempo atrás? Sabe quando você não agüenta mais olhar para o rosto daquela tal pessoa, que um dia você observou tanto? Então, é quando você começa a deixar de cuidar de quem você ama, mas nem por isso você não a ama mais.

Sabe quando você se decepciona com aquela tal pessoa? Então, é quando você não sente primeiro seus olhos molhados, e sim o estrangulamento do seu coração, depois a falta de ar, o peso na consciência, e por último os seus olhos molhados.

Sabe quando você passa por aquela tal pessoa, e relembra por tudo que você já passou e é capaz de sorrir para ela? Então, isso é a prova que ainda há um resto de amor em você, e que valeu mesmo a pena passar pelo que você passou.



Camila Fischer

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estou cansada...

 ...de ver seu sorriso alegre, que na verdade era um sorriso falso.

Estou cansada do seu olhar compreensivo, que no fundo era apenas um olhar vago e nada sgnificativo.

Estou cansada das suas lindas falas e promessas ditas em meu ouvido, que se fosse ver, era para conseguir algo em troca.

Estou cansada de você, e de me iludir toda vez que você vêm junto a mim. 


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Destemida

Enquanto esperava por você em frente da minha casa, naquele banco de madeira molhado, eu dizia para mim, em minha mente: “eu penso que havia algo em seu jeito que não me fazia parar de pensar em você, tanto penso, que de vez em quando até sonho contigo.”
Tem uma luz suave nas poças de água formada pela chuva, porém, nada foi melhor do que ver todas elas sendo destruídas pela roda do seu carro, e ver que seu sorriso brilhava muito mais que as poças, que tanto eu observava atentamente.
 Você queria me levar para seu carro para dar uma volta, mas, assim mesmo – dava para ver na expressão de seu rosto – tinha uma intuição de que eu queria algo antes de entrar. “E tenho mesmo!” disse para você, que ficou com um ar surpreso pelo o quê eu falei. Olhei para o estacionamento de uma loja falida em frente da minha casa, e seu olhar só foi seguindo o meu, lhe falei depois de você voltar-se a mim: “E você sabe que eu quero pedir-lhe para dançar logo ali...”.  Sua cara foi “a melhor”, inconformado, você exclamou: “Hã?!”caí na risada, e segurei o riso para dentro do meu peito e respondi: “ No meio da área de estacionamento! Sim, ah sim”. 
Puxei-lhe pela minha mão e sem quer saber se estaria disposto fazer isso comigo, ou não. Tudo em minha visão parecia ter virado câmera lenta, carros que passavam rapidamente á buzinar, andavam devagar e o som das buzinas se prolongavam; os senhorezinhos sentados no banco da calçada, deixavam seus cigarros de lado para nos observar ao atravessar da rua; cachorros abanavam o rabo, tanto quanto vêem um osso próximo ao sentir o sabor adorável ao seu gosto.
E de repente estamos nós dançando e rindo ao mesmo tempo, ao som do carro de uma rádio desconhecida. E ainda por cima, o carro era de um “bebum”, que estava estacionado ali no estacionamento da loja falida. E no acontecimento disso tudo, você sussurrou no meu ouvido: “Destemida”.  Sentia-me mesmo uma destemida, perto de tudo isso.
~~
Estávamos agora em seu carro, outro momento que ficou marcado em minhas lembranças.
Eu não tinha idéia do que iria acontecer.  Dirigindo seu carro, íamos para a rua a baixo. “Estou tentando tanto não me ‘prender’ agora... Será que você sabe, disso?” Eu perguntava para mim mesma, pois sabia que não era legal ser tão tímida desse jeito. Você já estava me fazendo especial em sua vida, de alguma forma, nem se fosse mínima, mas estava. Consegui perceber na hora em que vi seu olhar, meio sincero e meio ansioso ao mesmo tempo em que você dizia-me: “Quero te mostrar um lugar que não tenho o costume de ir acompanhado, muito menos o costume de mostrar para alguém... espero que goste!”. E você sorriu daquele jeito que qualquer um não negaria admirá-lo.
Demorou a chegarmos, e é claro que chegamos. A estrada era já de terra e pedregulhos, não havia nenhum sinal de vida humana, único sinal de vida era dos animais, dos insetos e do resto daquela natureza. Também não o sinal de luz, apesar de aquele local conter a luz das lindas estrelas brilhantes, gerava o grande contraste daquele céu, que levava a ser mais preto do que azul. A lua? Não sei onde ela se encontrava, talvez estivesse em outra direção ou atrás dos pinheiros que haviam por perto.  A única coisa que eu sei, foi que você pegou em minha mão e me levou para aquele grande campo, feito de uma grama “fofa”. 

Ele segurou em uma das minhas mãos e sua outra mão foi em minha cintura, e devagarzinho começamos a dançar. “Eu também queria dançar contigo, em um lugar diferente, só que em um lugar especial para mim”.  E no meu ouvido, você começou cantar para mim: “I remember what you wore in our first day, you came into my life. And I thought: ‘Hey, you know, this could be something …”. Confesso que ele não cantava bem, mas não cantava nada fora do comum, cantava exatamente normal. 
Mas, como eu sou desastrada, enquanto ele cantava para mim, tropecei em seu pé de tal modo que caímos literalmente naquela grama. Foi vergonhoso e engraçado, foi bom e foi ruim. Rimos tanto, porém, tudo foi se acalmando.  Aproximou-se e disse no meu ouvido novamente: “Destemida” e continuou: “ Sei que atrás desse seu lindo rosto meigo, ao lado do seu grande coração e sua timidez, há uma grande destemida. Tenho certeza disso tudo”.  Ele agia de uma forma tão incrível comigo, agia como ninguém já tivesse agido. Impulsionamente coloquei as mãos em seus cabelos; inconscientemente, isso me fazia querer você sempre ao meu lado.
~~
Quando tudo estava dando errado, você estava lá comigo. Na soleira da porta da minha casa, chorava sem quer segurar um sentimento, uma lágrima, um soluço. Você, prestes a ir embora, e eu, ficando.
Todos os planos agora eram inacabados; todos os desejos, indesejados; todos os sonhos, se tornando em pesadelos; e todas as promessas, jamais cumpridas. Entendo o porquê que você tem que ir, mas não consigo entender o porquê não possa voltar.
 Você diz que promete que vai voltar só que eu ouço entre as entrelinhas sua incerteza. Queria que tudo isso não passasse de invenções minhas, mas nada é invenção.
Chorando pior que uma menininha que acaba de perder seu bichinho de pelúcia, eu estava chorando, jogada em seus braços, lá estava você tentando me acalmar acariciando meus cachos molhados, dizendo que tudo ia ficar bem, que tudo que vai um dia, nem que for a maior das maiores demoras, voltava.
Eu negava sua ida, não queria deixar você ir de baixo daquela chuva, andando para partir e para minha tristeza, eu não puder fazer nada.
Tudo agora era tempo perdido, nada mais e nada menos podia mudar nosso caminho, a não ser o destino.
Um beijo você me deu de adeus e duas coisas você disse, que me fez prometer: “Destemida, não morra essa destemida que tem dentro de você... Se um dia eu encontrar você novamente, terei o meu ‘espaço’ que já tive antes?”. Sabia que o quê eu prometi, só me causaria, daqui um tempo, mais dor.
 Senti você soltando minha mão, enxugando pela última vez minhas lágrimas, olhando nos meus olhos profundamente. 
Então, você se foi, de baixo daquela chuva, que agora não era tão forte do que meus soluços. Eu berrava para você não ir, observei até o seu último passo que minha vista alcançava. Para minha tristeza, eu não pude fazer nada.
~~
Outra vida eu estava vivendo.  Era baseada de stress, correria, e outros problemas do dia-a-dia. Nem mesmo tempo tinha para me divertir, porém; com quem eu iria me divertir se não tinha você junto a mim? Tinha se passado muito tempo da época que convivi contigo, só que não sou pessoa de gostar de quebrar promessas.
Quando estava prestes a viver um novo amor, lembrava dessas suas palavras: “...Se um dia eu encontrar você novamente, terei o meu ‘espaço’ que já tive antes?”. Isso me gerava dor, me gerava uma das mais fortes dores que já pude viver. Ás vezes me lembrava de sua promessa, com raiva de ter acreditado, de ter sido tão tola em ouvi-la, dizendo que iria voltar. Com certeza, você nem mais se lembrava dela. Não tinha nenhuma notícia minha e nem queria ter.
Andava eu, apressadamente pela rua, um trombo levei com uma pessoa, que por meu stress; nem quis olhar em seu rosto e já fui logo pegando minhas coisa e falando nervosamente com ela: “Será que você  não vê por onde anda? Não tem mais nada para fazer, é? Então não fica no meio do caminho, porquê tem muita gente hoje em dia que tem o quê fazer. E você vai ficar aí? Parado?! Pode vir me ajudar!” Percebi que nada aquela pessoa fez, apenas estava me observando pegar tudo o que tinha caído dos meu braços.  Depois de pegar tudo, arrumei meu vestido, estava pronta para virar um tapa na cara daquele rapaz inútil; fui olhar bem no rosto para ver de quem se tratava e ... Era você. Você! Era você! Deixei derrubar todas minhas coisas novamente, uma das minhas mãos foi levada em minha boca boquiaberta. Neste momento você me puxou pela minha cintura para mais próximo e sussurrou em meu ouvido: “destemida”.



Texto inspirado pela música: Fearless, e Two is better than one.

domingo, 19 de dezembro de 2010

"Há algum tempo...

o 'te amo' não era banalizado; as crianças iam a parques de diversão e não tinham problemas de visão nem obesidade dados pelos videogames e computadores; Kinder Ovo custava 1 real; os casamentos duravam mais, ou pelo menos duravam alguma coisa; biscoitos Fofy e Mirabel existiam; meninas de 11 anos brincavam de boneca, e não saíam pra 'pegar geral'; Plutão era um planeta; a intenção num show era ver o show; tênis de luzinha era essencial; ICQ era o meio de comunicação; pessoas realmente se conheciam e não apenas pela internet; fotos eram tiradas para recordarem um momento, merthiolate ardia; bonde era meio de transporte e bala era Juquinha e não perdida!"


мodεяαdoяα ℓαℓyиhα





terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Garoto do Edifício em Frente


Ali estava Felipa, sentada ao lado daquela janela, lendo um livro como o de costume. Dali dava para ver o movimento da rua em frente de sua casa. Certa vez Felipa, parou de ler seu livro e avistou um lindo rapaz de olhos profundos e escuros, com uma pele branca, ao contraste de seus cabelos lisos e brilhantes.  Viu-o entrar no edifício em frente de onde morava. Nunca ficou tão encantada como antes, foi sua primeira paixão, paixão de primeira vista.
Dias e dias passavam e ao mesmo horário, Felipa parava de ler seu livro para olhar aquele garoto passar, mas não houve menor sinal dele depois do dia em que o viu; só que Felipa não perdia a esperança de vê-lo novamente.
Certo dia viu o garoto passar por ali, seus olhos brilharam de alegria, um sorriso estampou em seu rosto em uma fração de segundo. E por mais incrível que pareça, ele olhou para sua janela e sorriu. Ele entrou calmamente pela porta do edifício.
Minutos depois, viu a cortina de uma janela do edifício em frente se mover. Era ele puxando-a para uma conversa, com um caderno escrito um simples “oi”. 



~ ~
Felipa esfregou suas mãos em seus olhos, para ver se realmente estava vendo isso. E realmente estava.
Saiu depressa para pegar seu caderno para responder o que ele havia lhe falado. Cuidadosamente escreveu um “oi” na folha de seu caderno. Mostrou para ele, ele sorriu levemente e voltou a escrever na outra folha, estava escrito: “Como você chama?” E é claro que, Felipa escreveu seu nome.
Felipa tinha um tanto de medo de conhecê-lo, mas sua paixão platônica empurrava para continuar. Então escreveu: “E como você se chama?” E ele lhe respondeu: “Christopher”. Ela olhou ao nome do garoto e depois ao seu rosto, e pensou consigo mesma: “Até que tem cara de Christopher”. Enquanto pensava consigo mesma, Christopher escreveu para ela: “Tenho que ir... Tchau”. Quando viu o que ele tinha escrito, Felipa se desapontou; pelo jeito Christopher não queria saber de conversa, então ela respondeu rapidamente: “Tchau”, e foi fechando a cortina de sua janela.
Olhou pela última vez ele com seu sorriso torto, cabelo jogado ao lado e também com seu caderno. Para surpresa de Felipa estava escrito: “Até amanhã”. Percebeu que estava errada.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010




Não tenho nada a dizer sobre esta imagem (: